segunda-feira, 15 de julho de 2013

Soneto 6

Estava Leda, mansa, um triste dia
banhando suas pernas numa fonte;
o olhar ia sumindo no horizonte
quando avista ave bela – um cisne via!

A jovem Leda o cisne seduzia,
e aos poucos Leda foi curvando a fronte.
A serpe, que matou a Laocoonte,
consumou num prazer que não soía.

Estranho o ato da ave manifesto,
mas era, o cisne, Júpiter fingido,
num outro ato seu mui desonesto.

Das ninfas sedutor já conhecido,
agora tinha Leda num só gesto
e, co ela, filho Pólux dividido.

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