– De ti, ó Sócrates, não cai um
pranto
mesmo quando estás prestes a ser
morto!
Não te causa algum dano ou
desconforto
saberes que teus filhos choram
tanto?
– Dos fatos temo mais causar
espanto,
no povo dessa Atenas, que o
conforto
levou ao meu comportamento
absorto!
E hoje sábio sou, e triste
santo...
– É triste o vosso olhar perante
a gente,
com mais de dous mil anos
concebidos
que nunca realizaram-se na vida!
– Mas como eu poderia ser
contente,
se os homens, na indolência, têm
vividos
as causas da injustiça instituída?