segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Elegia II

Esta elegia foi inspirada no amor, nos meus estudos e na quinta das Elegias Romanas, de Goethe.

II

Cá, nesta terra, eu sigo o bom preceito:
a Antiguidade dita a experiência,
e o Moderno corrige os velhos erros.
Cá, tão bem me aprofundo na ciência
que contemplo, nas artes que produzo,
e na filosofia que pratico.
Aqui, em meio os bosques e rochedos,
Amor me comunica os seus mistérios.

É cá, neste lugar, que as diferenças
somem: não há Antigo, e nem Moderno;
aqui o espírito é também matéria.
Todos desejam que o Amor se faça
manifesto, entre todos, nesta aldeia.

Não me importa se o Mundo é imperfeito,
mas sim se aprovo nele os bons momentos.
Eu passo o dia junto à minha amiga.
Ficamos contemplando o pôr-do-sol,
e nas horas noturnas nós brincamos,
ousando conhecer o que é oculto
no corpo. Seus mistérios, orientados
pelo Amor, manifestam-se no leito.

A humanidade um dia entenderá
que ao corpo não se deve impor limites.
Eu hoje asserto com clareza grande
que metade do homem que hoje sou
eu devo ao mundo que se encontra aí...
A outra metade eu devo ao meu amor.

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