segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

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Não te iluda, ó menino, com promessa,
que o Amor é categórico – a dispensa!
Lembranças te trarão saudade imensa,
mas quem, do amor, desvela seus mistérios,
                                  recusa a pressa!

Também não queira instar prônubo ânimo
a quem não quer calar a juventude.
Quem, do amor, extrair a plenitude
terá viço maior e a longo prazo
                                  será magnânimo.

Outrora, bom menino, a teimosia
insulou, neste peito, amor descrido.
E, tão logo acabou, fui convencido
de que melhor ficava co as lembranças
                                  que co a apatia.

Agora vá, menino! E, embora manco,
procura, neste amor, rejubilar-te.
Viver de amor requer invento e arte;
e, por Deus!, que aptidão não falte, pois
                                  o Amor é franco!

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